Pedras Salgadas

Pedras Salgadas naturalmente gaseificada é uma das marcas de referência no universo das águas minerais gasocarbónicas, 100% naturais, ricas em sais minerais e altamente isotónicas. Esta marca destaca-se dos concorrentes até pelas campanhas promocionais dinâmicas e férteis em alguma criatividade. Esta tem sido e até recentemente, no entanto, algo abundante do ponto de vista visual pecando um pouco no texto associado. De facto os entes a completarem-se tal os dois rótulos, como que se a fundirem resultou. O que desequilibrou foi exactamente o “Equilíbrio”. Pelo Natal o desequilíbrio deu lugar ao descalabro com um insustentavelmente obvio “Boas Festas” com a tal referência ao “equilíbrio” em segundo plano. Mas o pior é que agora nem a componente imagem escapa. Assim ficaria:

Nunca um salgado foi tão agradável! Pedras Salgadas.

Brainstorm Público4

Avó

Se quem tem mãe tem tudo, quem tem avó tem tudo ao quadrado que é como quem diz tem mais que tudo ou tem imenso. De facto não me posso queixar pois só recentemente perdi um dos quatro pais anciães em sapiência, em estado elevado de ternura. Os avós de facto representam um papel fundamental no equilíbrio do desenvolvimento do indivíduo, funcionando como uma referência de back-up relativamente aos progenitores. Uma redundância feliz e graciosa. Pesa embora, hoje em dia, as politicas sociais não favorecerem à interacção neto-avô, com prolongamentos de tempo de reforma escravizantes e indignos para quem já trabalhou uma vida inteira. Mais uma vez são os inocentes prejudicados para colmatar a incompetência da gestão pública relativa ao financiamento da segurança social e afins. Por outro lado a dinamização do mercado de creches e amas agradecem, não o fazendo de certo os pais e no limite as crianças que crescem sem a figura dos avós. Outra causa para este constrangimento humano é o facto de para as famílias terem um mínimo de qualidade de vida, no nosso país, ser mandatório a esposa-mãe trabalhar, logo a esposa-avó. Em países desenvolvidos basta um dos cônjuges trabalhar, maioritariamente o homem, libertando a esposa para os cuidados maternais e por acréscimo geracional a avó. Eu tive a sorte de ter o segundo acompanhamento na minha infância e já me posso dar por muito feliz. Obrigado Avó.

Parto sem dor
Tal dador meus genes, meu ser
Um coração cheio de amor!
A minha vida por ti crer

Homenagem às minhas avós, uma entre nós, outra entre anjos.

Avó. A maternidade elevada a ti.

Porto Ferreira D. Antónia

Tradição secular, margens esplendorosas do Douro, cidade invicta. Eis alguns ingredientes não tangíveis que igualmente contribuem para a nobreza do produto final. O vinho do Porto é um dos produtos nacionais que mais expressão tem no exterior, quase a par, aliás, do clube de futebol. Internamente tenho a sensação, pelo menos em gerações mais recentes, que o consumo deste néctar generoso fica bem aquém do experimentado em oferta “similar” estrangeira, como a Martini. É pena. Os ingleses que o digam. A Porto Ferreira lançou uma campanha temporalmente natalícia onde um dos produtos a promover é o seu D. Antónia. Sendo líder de mercado seria, no entanto, de esperar um paralelo de sucesso igualmente na criatividade imposta nos seus anúncios. Neste caso concreto temos perante nós um gigante “Oh !” em que o ponto de exclamação é constituído pela embalagem da garrafa mais a sua tampa. Não sei, de tudo o que nos é apresentado, o que será alvo de espanto. Se a ideia é chamar a atenção, então mais valia contratar a Marisa Cruz e fazer uma nova versão do Santál Rad, que ao invés de tomates teríamos duas uvas a vestir os mamilos da linda Marilyn Manson. Ou bastava pintá-los? Deixemos a Marisa, pois ainda me desconcentra e crio algo pior, e aí, realmente diriam: “Oh…”. Não de espanto, mas de desalento. Para as reticências usar-se-iam 3 pequenos tonéis vistos de frente. Então cá vamos:

O tempo em estado generoso

Jogos Santa Casa

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, nomeadamente o seu departamento de jogos fizeram jus à máxima fazer acontecer. De facto encetaram uma pequena revolução no conceito de aposta e jogo tradicional disponibilizando a variante electrónica através do seu portal web. Além destas inovações tecnológicas apostaram, tal jogador, em promover a sua renovada imagem e simultaneamente os seus produtos, que é como quem diz os seus diversos jogos. Por falar nestes e mais concretamente na lotaria clássica de Natal, com um prémio total de €10.000.000, esta trouxe o seguinte spot associado: “Aposte no amor”. Será que com receitas desta ordem, o lucro da instituição, para além da aplicação nobre em causas sociais, não chega para contratar um criativo que não misture dinheiro com amor? Todos sabemos que dinheiro não traz felicidade, logo não compra o amor. Perante tal desplante em negligenciar o conhecido ditado popular, sugeriria:

Não quer ficar andar à roda?!
€10.000.000 na lotaria de Natal. Dia 23 ande à roda.

Queijo Pastor

Para quem aprecia derivados do leite, nomeadamente queijos, supostamente conhecerá a marca do senhor do queijado zelando pelo seu rebanho e com uns cães de fazer inveja aos melhores treinadores. Quem não aprecia, deveria consumir igualmente como fonte natural de cálcio prevenindo a tão mediatizada osteoporose. Portugal tem uma oferta relativamente vasta de queijos do tipo flamengo oriundos da nossa arte láctea. Quem já não abriu a porta do frigorífico, cortou uma fatia do volume esférico, tirando a porção de casca vermelha e o saboreou acompanhado ou simplesmente à lambão? Fico feliz pela marca e pela dinâmica em torno da sua promoção, não tanto pelo spot que a acompanha. “Os portugueses são frescos” faz mais lembrar uma campanha ao queijo fresco ou uma ironia a algo de cariz promíscuo. Assim, como apreciador deste produto ancestral cabe-me corrigir a falta de frescura criativa da frase utilizada:

Pastor. Leve-o à mesa. As ovelhas ficam à porta.

El Corte Inglés

Quem não conhece o grupo comercial espanhol? Os mais velhos ainda se lembrarão de ir ao país vizinho fazer compras, muito antes da edificação da António Augusto de Aguiar, quando a economia pendia para o lado oeste da península, quando hoje pende definitivamente para o seu lado este. O nível de vida actual de nuestros hermanos é sem sombra de dúvida invejável para os descendentes de D. Afonso Henriques. Há até quem diga que para ter automóveis a preços de sonho, combustível mais barato, a maior parte das auto-estradas não pagas, ordenados dignos da Europa, ensino “superior”, melhor saúde, etc, etc não se importar de uma invasão para além da empresarial. E não digo mais benefícios face a Portugal, pois coitado do nosso país, nesta fase nem sequer tem governo, logo nada podemos exigir. Algum dia teve? Voltando à cadeia de lojas verde, há um aspecto que claramente perde, quem sabe, e seguindo o raciocínio anterior, por ser em terras lusas? A nova campanha alusiva ao Natal assim desespera: “O presente perfeito”. Se não existem criativos em Portugal capazes, contratem espanhóis, americanos, brasileiros, ou então a You Я Spot®. Agora não nos dêem a vislumbrar tamanha pequenez, que só faz lembrar a nossa, face ao país fronteiro. Cá vai mais uma vez a minha sugestão de limpeza de imagem:

Nunca o seu Natal foi tão Inglés

Dia Mundial de Luta Contra a SIDA

No passado dia um de Dezembro foi assinalada mais uma efeméride relativa ao Dia Mundial de Luta Contra a SIDA. Não gosto especialmente de falar em comemorações pois faz lembrar um tema não tão sério como efectivamente é. Sei que sendo um aniversário há a “festa” inerente ao mesmo, mas pensando nos que já não sofrem, naqueles que ainda padecem e nos muitos que irão contrair a doença não há definitivamente motivos de rejubilo. A acrescer temos os constantes pontos de situação sobre a dura e negra realidade portuguesa que corre paralela ao desempenho da Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA e afins. É uma questão comportamental, cívica, de educação, mas por certo terá uma solução. É essa que se exige. Urge uma inversão do panorama tendendo ao decréscimo de casos, até por que este flagelo não é de agora, tem décadas! A sinistralidade das estradas também não tem aparente regressão à vista, embora seja um problema igualmente antigo. Touché. O que supostamente tem contribuído bastante são as campanhas de prevenção as quais não poderão estar dissociadas de medidas concretas e céleres para o objectivo: Salvar vidas! Os mesmos números apontam a população feminina sexualmente activa como um grupo de risco ou pelo menos como um grupo de preocupação. De facto a mulher jovem sem relação emocionalmente estável tem tudo para controlar a perigosidade de infecção dos seus devaneios sexuais. O pior é a mulher que em igreja ida ouviu juras de amor e fidelidade, mãe de família que confia alma e corpo a seu esposo que muitas vezes vem para casa cometer homicídio involuntariamente voluntário. Seguindo esta apreensão relativa ao “sexo fraco” foi lançado um spot cuja mensagem principal e a esta dirigida, quanto a mim e perdoem-me a tentação do trocadilho, peca por imuno deficiência criativa: “Não colaborem com a morte”. A minha sugestão seria:

Sexo forte é quem sobrevive. Protege-te!

Microsoft

Por vezes tenho alguma dificuldade em pensar em algo a promover tamanha é a quantidade de oferta de consumo doméstico-empresarial, daí a vantagem em utilizar spots existentes e refaze-los no meu espírito criativo. Seria bem mais fácil se me contratassem para esse fim com casos reais e concretos. Enquanto isso não acontece resigno-me a ser criativo não só no alvo final mas igualmente no objecto. Um artifício que comummente utilizo é lembrar-me de alguma coisa que interaja directa ou indirectamente comigo. Neste caso particular essa interacção é profissional e nesse aspecto quase absoluta. Refiro-me à utilização das máquinas como factor crítico de sucesso na produtividade de uma organização que aspire a sê-lo. As mesmas máquinas que levaram alguém a dizer que iriam facilitar o trabalho ao homem. Só aos que por ela foram para o desemprego. Restando aos super profissionais humanos, aqueles que tiveram a ventura de com estas trabalharem, terem de produzir pelos que ficaram a depender do Ministério do Trabalho e da Solidariedade. Voltando às máquinas, para muitos um deleite, para cada vez menos um ser demoníaco e para alguns um simples PC. Foi esse boom motivado por uma visão que culminou em missão estratégica de gestão que levou a oportunidade ao gigante americano de software. Essa rapidamente se generalizou a monopólio tecnológico e não foi por imposição de mercado, foi por não haver concorrência efectiva à sua oferta. Parabéns Bill!
Reconhecendo a sua importância boa ou má nas nossas vidas, homenageio da seguinte forma a Microsoft:

We give character to machine

Brainstorm Público3

A diversidade da oferta de uma empresa, do ponto de vista do marketing, é um sinónimo de valor acrescido. Levada ao extremo tem-se um mesmo produto com múltiplas variantes ou neste caso presente uma panóplia de sabores. Foi o que a Compal através da água Frize concretizou. Realmente além da Frize, digamos “pure” existe ainda limão, tangerina, figo, ananás. A minha sugestão de brainstorm é a criação de uma nova combinação, a Frize Tochas. É verdade, com o número de campanhas onde este assumido palhaço profissional intervém já não sei quem promove quem, quem promove o quê?! É que não se esqueçam que o Pedro vive de visibilidade, logo de publicidade. Até me interrogo se lhe pagam honorários visto os anúncios o abonarem mais a ele do que à própria agua com gás natural. Assim nesta mescla entre o elemento água e o planeta T poderá, ao contrário do que se diz, realmente existir formas de vida inteligente nesse astro do nosso sistema virtual solar. Não é a Listéria, não é o macaco, não é o cão, não é o Tochas. Quem sobra? Uns estranhos seres que lá habitam que têm por hábito perder tempo a ouvir as baboseiras do seu criador. Será entãoTochas um Deus?! Só pode! Criou um planeta, seus semelhantes, animais e uma bactéria. Bem aja Pedro! Voltando ao novo sabor Frize Tochas, aqui vai o spot promocional em primeiríssima mão:

Frize Tochas. Um sabor a disparate!