quinta-feira, dezembro 23, 2004

Brainstorm Público4

Avó

Se quem tem mãe tem tudo, quem tem avó tem tudo ao quadrado que é como quem diz tem mais que tudo ou tem imenso. De facto não me posso queixar pois só recentemente perdi um dos quatro pais anciães em sapiência, em estado elevado de ternura. Os avós de facto representam um papel fundamental no equilíbrio do desenvolvimento do indivíduo, funcionando como uma referência de back-up relativamente aos progenitores. Uma redundância feliz e graciosa. Pesa embora, hoje em dia, as politicas sociais não favorecerem à interacção neto-avô, com prolongamentos de tempo de reforma escravizantes e indignos para quem já trabalhou uma vida inteira. Mais uma vez são os inocentes prejudicados para colmatar a incompetência da gestão pública relativa ao financiamento da segurança social e afins. Por outro lado a dinamização do mercado de creches e amas agradecem, não o fazendo de certo os pais e no limite as crianças que crescem sem a figura dos avós. Outra causa para este constrangimento humano é o facto de para as famílias terem um mínimo de qualidade de vida, no nosso país, ser mandatório a esposa-mãe trabalhar, logo a esposa-avó. Em países desenvolvidos basta um dos cônjuges trabalhar, maioritariamente o homem, libertando a esposa para os cuidados maternais e por acréscimo geracional a avó. Eu tive a sorte de ter o segundo acompanhamento na minha infância e já me posso dar por muito feliz. Obrigado Avó.

Parto sem dor
Tal dador meus genes, meu ser
Um coração cheio de amor!
A minha vida por ti crer


Homenagem às minhas avós, uma entre nós, outra entre anjos.

Avó. A maternidade elevada a ti.