segunda-feira, novembro 29, 2004

Óleo Fula

É sem sombra de dúvida uma das marcas de óleo para fins culinários que mais nos surge quando nos lembramos de batatas fritas e outros alimentos que passam por uma frigideira antes de nos chegar à mesa. Convém é que essa imagem não seja proporcionada pelo que recorrentemente se assiste, nomeadamente em certa restauração, onde o excesso visível de óleo até os mais nutricionalmente negligentes repugna. Não vou comentar a conotação depreciativa que actualmente este tipo de produtos possui, quer numa óptica pró-estética, quer numa vertente de comida colesterolmente unfriendly. Penso que a chave nutricional é a diversidade havendo lugar para todos os tipos de alimentos devendo o seu consumo, esse sim e quase por senso comum, levar em conta a dualidade quantitavivo-qualitativo transposta para a realidade de faca e garfo. Voltando ao Fula, a nova campanha que dá vida aos expositores de rua exibe uma publicidade tipo cruzada em que o enfoque deixa de ser directamente o conteúdo a promover passando a ser a embalagem, neste caso a garrafa. “Atenção às curvas. Garrafa mais elegante. Fula. É pura gula” e “Ninguém a larga. Garrafa mais fácil de agarrar. Fula. É pura gula”. Neste propósito mais uma vez sinto um gap criativo quer em termos do humor empregue em redor da garrafa, quer em relação à frase de fecho que sugere, lá está, um consumo exagerado de fritos. Cumpre-me assim corrigir os danos infligidos a mais um spot que tinha tudo para brilhar, perdão fritar:

Agora, nem só as batatas fritas vão ter inveja…A nova garrafa sexy.

Fula. Se não fritar!

Querido, não brinques com a garrafa…A nova garrafa ergonómica.

Fula. Se não fritar!