quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Aspirina – Bayer

Se houvesse um medicamento susceptível de ser canonizado pela igreja católica, este seria a Aspirina, e com provas dadas no campo miraculoso. Que o digam os milhões de consumidores em todo o mundo que a utilizam como genérico na verdadeira ascensão da palavra. Ela é para as dores, para a constipação, febre, para o coração, para a visão por diabetes e até indirectamente para questões sentimentais: “Querido, hoje não dá, dói-me imenso a cabeça e acabaram-se-me as aspirinas…”. O santo Félix Hoffmann numa das suas acções de caridade pelo seu reumático pai, no longínquo ano de 1893, sintetizou pela primeira vez o ácido acetilsalicílico a partir de um outro sem as suas três primeiras sílabas, tornando-se igualmente pai, não biológico, mas químico, de uma menina. Essa tinha uma personalidade muito forte, anti-inflamatória e analgésica. A sua irmã gémea salicílica embora de personalidade idêntica era azeda e irritante, sendo relegada para um convento de freiras. O homem que daria o apelido ao actor Dustin, por ser um mero empregado por conta de outrem não teve outro remédio senão doar a sua filha pródiga, agora com seis aninhos ao casal Bayer o qual a rebaptizou de Aspirina. Naquela altura, na Alemanha, já a clonagem era uma realidade não tardando a proliferação até aos nossos dias das meninas de cor branca, arianas. Felizmente por uma questão genética, só recentemente descoberta com a ovelha Dolly, a cópia humana masculina não era possível, evitando assim que hoje estivesse na Casa Branca Adolf Bush ou George Hitler ou George Bush… Já estou baralhado. Mas não só de benesses vive a centenária senhora, que mesmo com uns quantos liftings, não escapa a rumores de contra-indicações várias a quem a quer em sua companhia. Também para a tomar com essa idade, mais vale virar ben-u-ron supositório.

No dia de S. Valentim ofereça aspirina. Namore sem desculpas…